"Mataram irmã Dorothy". Este é o nome de um filme que narra a
vida de Dorothy Stang a freira norte-americana que fez votos de castidade,
pobreza e obediência e veio para o Brasil no ano em que eu nasci, 1966. Ela passou a vida lutando para que os pobres tivessem direito a educação e
a dignidade na imensa floresta amazônica. Esta mulher tem uma vida inspiradora e ela me faz acreditar que existem pessoas
boas e dispostas a lutar pelo próximo. Dorothy Stang assassinada friamente em 2005 é o destaque de hoje do blog Quero Inspiração.
Dorothy menina
Apaixonada pela terra. Ela e os oito irmãos desde cedo
aprenderam a cultivar uma jardim orgânico. Brincalhona, exímia patinadora, amorosa e feliz ela cresceu com o desejo de ajudar os pobres para que eles tivessem uma vida melhor e seus direitos respeitados. Quando se
tornou uma jovem resolveu se dedicar a religião e ao próximo. Formada em História, pós graduada em Sociologia e Politica ela queria deixar o
conforto dos EUA para se aventurar pelo mundo e ajudar os mais necessitados.
Ao lado dos pobres
Dorothy sonhava em fazer missões na China, mas após dar aulas em escolas
norte-americanas resolveu vir para o Brasil. Quando chegou aqui disse que
queria trabalhar com os mais pobres dentre os pobres e se encaminhou para
Coroatá, no Maranhão.
Logo percebeu que grandes fazendeiros desmatavam a floresta e tiravam o
trabalho dos pequenos produtores. Sem lugar para trabalhar, eles migravam para
a rodovia Transamazônica onde havia terras para serem cultivadas.
Educação sempre
Ela resolveu acompanhar o povo e tinha um lema: onde passava montava uma
escola. Ela chegava perguntava quem sabia ler e escrever e já encarregava o
letrado de ensinar aqueles que não conheciam os segredos da leitura e da
escrita. A primeira escola que Dorothy construiu foi demolida por fazendeiros ricos. A estação de rádio que ela começou para que as pessoas ouvissem as notícias foi destruída. Mulher firme, que não dava espaço para o sentimento de derrota, ela repetia
sempre que era preciso educar o povo, mas também ensiná-lo a buscar os seus
direitos.
Reforma agrária
A religiosa defendia uma reforma
agrária justa. Ela dialogava com lideranças camponesas, políticas e religiosas na busca de soluções para os conflitos relacionados à posse e à
exploração da terra na Região Amazônica. Esta militância, fez Dorothy ser odiada
pelos madeireiros e latifundiários
Morte
Dorothy foi ameaçada de morte, mas nunca se intimidou. Em 12 de fevereiro de 2005, ela foi parada por homens que a
conheciam e foi morta com seis tiros, um na cabeça e cinco no corpo,
aos 73 anos de idade. Uma testemunha disse que antes de receber os
disparos os homens perguntaram se ela estava armada. Dorothy
afirmou «eis a minha arma!» e mostrou a Bíblia. O corpo da
missionária está enterrado em Anapu, Pará.
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